2020: Pâmella Oliveira

Que avaliação faz de sua temporada este ano? Que palavra te vem à mente quando pensa em 2019?
Pra mim foi um ano mais complicado, depois de um 2018 onde tive bons resultados, mesmo sendo minha estreia nas longas distâncias. Muita coisa aconteceu a nível pessoal. A palavra que me vem à mente é “recomeço”. Tive que fazer muitas mudanças e vários recomeços durante o ano.

Qual foi a maior dificuldade que enfrentou este ano?
No final do ano de 2018 já estava um pouco conturbado, pois minha mãe se encontrava com problemas de saúde, então tive que passar muito tempo em casa, no Espírito Santo, quase que de setembro a novembro, tendo que voltar novamente no final do ano. As coisas estavam bem difíceis e no início deste ano, em fevereiro, ela veio a falecer. A partir daí o ano começou a ficar bem complicado, pois acabei perdendo muitos treinos. Sempre que viajo para casa, em termos de treinamento não é bom, pois é muito difícil lugar para treinar e até conseguir piscina. O fato de eu ter voltado várias vezes me atrapalhou, mas eu precisava. Depois daí as coisas desandaram um pouco, tanto que no Ironman 70.3 Bariloche já não fui muito bem. Tive sempre que remanejar os treinos. Não bastasse isso, passei por problemas de saúde, como fortes crises de asma e baixa imunidade, enfim, foi um ano difícil, principalmente pela perda da minha mãe. Por mais que sejamos fortes e, às vezes, não aparentamos, essas perdas mexem conosco e acaba dando uma desandada nas coisas.

Que provas já visualiza ou têm como objetivo para 2020?
Eu iria para o Ironman 70.3 Pucón, mas como a prova foi cancelada, tive que remanejar, o que neste caso foi até bom, pois havia voltado doente do IM70.3 Bahrain, além de ter ido visitar minha família no Natal, já que desde fevereiro não havia voltado em casa. Tudo isso dá um atraso na nossa performance, mas estou animada para 2020! É um novo ano! Vou viajar para o Equador para fazer um treinamento em altitude, visando meu segundo Ironman, já que pretendo fazer o Ironman África do Sul. Eu vou fazer antes o Ironman 70.3 Dubai, em fevereiro, mas a prioridade é chegar em dia na África do Sul e quem sabe conquistar a vaga para Kona. Em 2019 o foco não era esse; se vaga viesse em Floripa, ok, caso não, seguiríamos o planejamento, e foi o que aconteceu. Para 2020 o foco realmente é classificar para o Mundial no Hawaii.

Vai fazer algo diferente para ano que vem?
Ainda terei uma reunião com meu treinador, o Rafael Palito, sobre a nova temporada. Com certeza queremos que o ano seja bem diferente de 2019. Ele gostou muito que poderei fazer o treinamento em altitude, pois sempre me dei bem neste tipo de treino. Então, com a situação financeira melhorando através dos meus patrocinadores e me proporcionando este tipo de oportunidade, vou fazer isso agora, pois não é fácil pagar passagem, hospedagem e ficar um mês fora em função disso, mas o retorno fisiológico é muito bom. Como não estou tão parada, já vou começar o ano num patamar acima de 2019. Então a proposta é essa, já começar o ano com bons resultados logo de início. Se conseguir a vaga para Kona, poderei ficar mais tranquila para realizar um treinamento específico para a prova.

Como está a questão de apoios e patrocínios para a nova temporada? O que já possui e o que busca?
Eu continuo com a Specialized, Probiótica e Join Sports. Estas são as marcam que permitem a mim, viver do triathlon. Infelizmente estou sem marca de tênis para 2020, então, olhando pelo lado bom, estarei livre para testar novos equipamentos. Eu sou feliz de poder viver do esporte e ter condições de dedicar minha vida somente aos treinamentos e competições, tudo, através destas marcas que acreditam em mim.

Redação

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