2020: Thiago Vinhal

Dono do recorde brasileiro no Ironman Hawaii, estabelecido em 2017, Vinhal quer mais em 2020

Que avaliação faz de sua temporada este ano? Que palavra te vem à mente quando pensa em 2019?
Feliz com o ano que tive, mas estou insatisfeito. Eu queria ter ido para Kona, mas não fui… Então acho que como profissional e representando o Brasil na alta performance, todo atleta quer estar entre os melhores do mundo. Fechei o ano bem, feliz, globalmente com todas as evoluções, mas poderia ter feito mais e melhor e eu queria ter feito melhor também.

Qual foi a maior dificuldade que enfrentou este ano?
Foi a distância da família, dos amigos e pessoas queridas. Essa é a maior dificuldade, dizer não para as pessoas que você mais ama e ficar longe delas. Esse é o maior obstáculo. A gente quer performar e competir contra os melhores do mundo, mas para isso não dá para ficar no Brasil, não dá para ficar aqui fazendo o que todos já fazem. Temos que fazer o que os melhores estão fazendo, e como não temos uma estrutura de nível no Brasil, acho que realmente a escolha mais certa é estar lá fora treinando com eles.

Que provas já visualiza ou têm como objetivo para 2020?
Com certeza farei o Ironman Brasil, pois é nossa casa, nosso palco, mas farei outras provas também. Ainda estou fechando meu calendário com meu treinador, o dinamarquês Frank Jacobsen. Ainda não está oficializado, mas devo fazer umas duas provas de Ironman 70.3 na Espanha, onde ficarei de 9 de março a 20 de maio, voltando ao Brasil mesmo para o nosso Ironman. Não pretendo fazer nenhum Ironman Full antes de Floripa, então vou “power” mesmo para fazer uma boa prova lá. Para depois, já tenho algumas competições em mente.

Vai fazer algo diferente para ano que vem?
Vou continuar focando mais no meu ciclismo; tenho umas mudanças muito importantes que farei e todos vão saber em breve, o que vai me deixar bem para brigar com os melhores do mundo, então estou bem feliz e motivado pra isso. Vou continuar treinando forte a bike e dar uma ajustada na corrida. Quero correr um pouco melhor esse ano para poder “voar” nas provas. Hoje em dia não dá para ficar mais em 5º, 3º… tem que ganhar! Tiro como exemplo o Ironman Malásia desse ano, onde fiz a melhor prova da minha vida, próximo do Philipp Kounty (8º em Kona 2019) e do Javier Gomez, mas não conquistei a vaga para o Mundial, então tenho que ficar ainda melhor e mais forte e trabalhar um pouco mais.

Como está a questão de apoios e patrocínios para a nova temporada? O que já possui e o que busca?
Isso está top. Fechei o ano bem, Graças a Deus! Trabalhei forte para isso. Eu já botei uma meta para mim, onde quero mudar o cenário do marketing esportivo, principalmente no triathlon. A modalidade tem que ser mais valorizada e as histórias mais bem contadas, para as empresas se identificarem e desejarem se conectar com cada história de superação, cada história de luta, de sucesso, vitória e fracasso; então estou bem feliz, pois fechei a temporada com meus patrocinadores bem satisfeitos. Estou com patrocínios para 2020 melhores do que nunca e estou bem motivado para isso. Nunca comecei uma temporada com todo o investimento que necessito para executar o planejamento, então isso tudo foi graça aos meus patrocinadores e graças ao trabalho que tenho feito. Mas ainda não estou totalmente satisfeito com isso, quero trabalhar ainda mais forte e entregar ainda mais para o público consumidor do triathlon e não só aos patrocinadores, pois a entrega que eles desejam é essa, ver o nome em grandes estratégias e grandes ações e não só no uniforme do atleta. Isso não é marketing, isso é o mínimo e é coisa do passado. Let’s push!

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