Quem para Daniela Ryf no Mundial de Ironman 70.3?

É histórico. É lendário. O Campeonato Mundial de Ironman 70.3 2019 será realizado em Nice, na França, ao longo da brilhante Cote d’Azur. Nice vai receber os melhores triatletas do mundo no próximo fim de semana, dias 7 e 8 de setembro, bem como alguns dos atletas amadores mais comprometidos de todos os cantos do mundo. No total, cerca de 6.000 participantes descerão na Riviera Francesa.

Embora seja a primeira vez que o Campeonato Mundial de Ironman 70.3 seja realizado na França, o ponto turístico de Nice recebe as corridas oficiais de Ironman desde 2005 e é um dos destinos mais amados por atletas de todos os esportes. Isso sem contar as grandes provas por lá realizadas do icônico Triathlon de Nice, criado em 1982, onde os melhores do mundo participavam na distância de 3km de natação, 120km de bike e 32km de corrida. Esta prova se transformou no que hoje é o Ironman Nice.

O Mundial de Ironman 70.3, para quem ainda não sabe (e é sempre importante lembrar, pois temos novatos entrando no triathlon diariamente) é um Meio Ironman, realizado na distância de 1.9km de natação, 90km de ciclismo e 21.1km de corrida. Para a prova deste final de semana o grande motivo de preocupação para a maioria dos amadores é a etapa de ciclismo, com longas subidas e descidas técnicas.

Para te ajudar, uma de nossas representantes na categoria profissional, Luiza Cravo, fez o percurso da prova e passou o sentimento dela sobre o pedal. “Eu fiz por percurso mais de uma vez e diria que os primeiros quilômetros subindo (depois dos 10km de plano iniciais) têm três subidas um pouco mais duras, mas que são muito curtas. Depois tem um sobe e desce que é bem de boa, antes dos 9-10 km de montanha do Col de Vence, onde só usei o pratinho para subir, mas em nenhum momento precisei usar minha relação mais leve (30-11) e quase não usei o 27. Depois disso, antes de descer tudo, ainda tem uns 10km de sobe e desce. Na minha opinião o pior é realmente quando começa a descer. Boa parte do percurso não é muito difícil, mas tem umas três curvas bem perigosas e precisamos frear, então, por favor, chequem seus freios antes da prova! Penso que no dia, com o trânsito fechado, será mais fácil. Dá para pedalar na descida também em muitas partes, então levem isso também na hora de escolher a relação. Em resumo, não tem por que ter medo, não tem a menor necessidade de vir fazer a prova de speed pela subida. Prestem atenção na descida! Mais uma vez, gostaria de lembrar que esta foi a minha percepção do percurso e isso é algo bem pessoal”, reforça Luiza.

Além de Luiza Cravo, nosso time profissional feminino será representado por Gisele Bertucci e Pâmella Oliveira, a capixaba que ano passado, na África do Sul, fez o melhor resultado da história do Brasil na competição, conquistando um excelente 4º lugar em sua estreia no Mundial. Pâmella, tem 31 anos (faz 32 dia 6 de outubro próximo) é muito experiente e teve uma longa carreira no Circuito Mundial da ITU, participando dos Jogos Olímpicos de Londres 2012 e Rio 2016. Ela migrou para as longas distâncias e tem tudo para ter sucesso. Já venceu cinco provas na distância Meio Ironman e, este ano, no Ironman Brasil – sua estreia na distância – foi vice-campeã.

A inglesa Lucy Charles é o uma das grandes estrelas do Mundial de Ironman 70.3.

Entre as “gringas” o destaque é para um trio muito forte, composto por Daniela Ryf (SUI), Lucy Charles (GBR) e Holly Lawrence (GBR). Daniela, de 32 anos, é simplesmente uma das maiores triatletas da história, sendo tetracampeã mundial de Ironman e Ironman 70.3; considerada por muitos como imbatível nas provas de longa distância. Lucy tem 25 anos e já está sendo considerada a maior nadadora de todos os tempos do triathlon feminino (prova disso é que 67% das provas que ela correu o recorde feminino da etapa de natação pertence a ela), além de ser duas vezes vice-campeã mundial de Ironman, e uma vez de Ironman 70.3; ela venceu o Challenge Roth este ano. Por fim temos Holly, que ano passado não competiu o Mundial por estar lesionada e já venceu dez provas de Meio Ironman na cerreira, além do Mundial de Ironman 70.3 em 2016. Ela está de volta e com sede de vitória.

Confira o Start List Feminino:

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Redação

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