Atleta suíça de 38 anos, ouro em Londres 2012 e prata na Rio 2016, confirmou que vai em busca da vaga para Tóquio 2020
A suíça Nicola Spirig tomou sua decisão: a duas vezes medalhista olímpica, ouro em Londres e prata no Rio (também correu em Atenas 2004 e Pequim 2008), de 38 anos de idade, está estendendo sua carreira e quer começar nos Jogos Olímpicos de 2021, em Tóquio. É uma decisão cuidadosamente considerada.
As últimas semanas foram agitadas e desafiadoras para Nicola Spirig. A seis vezes campeã europeia continuou a seguir seu plano de treinamento normalmente, apesar da incerteza provocada pela pandemia de COVID-19. Depois que a decisão do adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio foi anunciada, ela disse: “Fiquei aliviada no momento em que tive certeza do adiamento. Embora, é claro, não tenha sido fácil interromper o que poderia ter sido um período de preparação de quatro anos”. Mas Spirig aproveitou a oportunidade para se recuperar de uma lesão no flexor do quadril e passar mais tempo com sua família. “Em família, essas semanas isoladas da pandemia tinham muitas coisas positivas a oferecer. Ficamos ainda mais conscientes de como somos privilegiados e felizes com nossas vidas e realmente apreciamos o tempo juntos em casa”, completou.
Spirig foi capaz de responder positivamente a essas perguntas depois de dedicar um tempo para refletir nas últimas semanas. “O esporte é minha paixão, ainda me deixa muito feliz e considero um privilégio praticá-lo como uma profissão”. Isso não é uma questão de disciplina, principalmente porque a mãe de três filhos faz parte da equipe nacional da Suíça e da elite do triathlon mundial desde 1998.
Além de sua própria motivação, outros fatores desempenharam um papel importante na decisão de Nicola Spirig de estender sua carreira. “Esta não foi uma decisão que eu poderia tomar sozinha. Somos uma família e essa decisão afeta todos os membros da família. Tinha que fazer sentido para todos. Sem o sentimento de que também é adequado para nossos filhos e sabendo que tenho o 100% de apoio do meu marido, qualquer preparação seria inútil.”
Como terceiro fator para uma quinta participação olímpica bem-sucedida, também era importante para Spirig que ela pudesse continuar com seu ambiente e equipe anteriores. “Para mim, está claro que só continuaria minha carreira com o apoio do meu treinador Brett Sutton, com quem trabalho há 15 anos. Também era importante para mim que meus companheiros mais próximos do meu entorno, bem como meu os patrocinadores estivessem a bordo e também me acompanhassem até 2021. Sem minha equipe comprometida, eu não iria continuar.”
O adiamento também tem aspectos positivos para Nicola. Alexis, o terceiro filho de Nicola Spirig e Reto Hug nasceu em abril de 2019. Até 2021, ela tem ainda mais tempo para preparativos olímpicos específicos. “Antes do cancelamento olímpico, a programação era muito restrita. Eu precisava de pontos de qualificação em 2019 e início de 2020 e não era fácil conciliar família e esporte. Agora, eu praticamente cumpri todos os critérios de qualificação e posso adaptar a preparação e as provas para minhas necessidades específicas”. Consequentemente, Spirig e sua equipe agora estão ansiosos pelo caminho a seguir.
Como as coisas continuarão depois de Tóquio 2021, leia-se aí Ironman e Ironman 70.3, ainda não está decidido. “O foco estará nas provas olímpicas, nos eventos individuais e de equipe, na melhor das hipóteses”. Por enquanto, no entanto, a triatleta, que também é formada em Direito, está se concentrando nas próximas provas de 2020 e depois na sua quinta participação em Jogos Olímpicos: “Quero começar na melhor forma absoluta e terminar essa quinta participação com um desempenho excelente!”
