Nayara Lunière, em processo de retomada

Após cirurgia, triatleta brasiliense está em processo de retorno às competições

“Voltar a treinar é pior do que começar…”, já diria a sabedoria popular! E é verdade! Todos que já passaram pelo processo de voltar aos treinos sabem isso é difícil. Para a triatleta Nayara Lunière, este processo tem sido longo, mas o objetivo está cada vez mais próximo.

Essa brasiliense faz esportes desde criança, passando pelas lutas e ginástica artística, mas, aos 14 anos, entrou na corrida com o objetivo de emagrecer e não parou mais de correr. Experimentou a competição e chegou ao atletismo correndo provas de fundo, sendo orientada pelo Professor Edilberto Barros em 2005. Dois anos depois, como Juvenil, foi vice-campeã brasileira dos 5000 metros rasos em seu primeiro campeonato nacional; a partir daí, foi medalhista em quase todas as provas que participou, sendo convocada duas vezes para a seleção brasileira.

Nayara começou a focar seu treinamento com vistas à maratona, mas o destino foi diferente. “Com o aumento do volume de treinos, comecei a sentir dores no tendão de Aquiles do calcanhar direito. Eu não sei dizer se houve lesão em algum momento, se foi reflexo da minha pouca experiência, ou ansiedade de querer treinar sempre mais forte do que estava previsto, ou se foi alguma predisposição genética. O que eu sei é que a partir de então, essa dor não me largou mais. Fizemos diversos tratamentos, fomos a vários especialistas, mas sempre que aumentávamos o volume e a qualidade dos treinos, a dor voltava. Segui assim por uns anos, sempre tentando retomar o ritmo, mas sem muito sucesso”, revelou.

Em 2013, formada em Ciências Biológicas e dando aulas num colégio, conheceu um aluno triatleta que a apresentou o triathlon, que começou a praticar no ano seguinte. Em 2015 já correu o Campeonato Brasileiro de Duathlon, em Manaus, na categoria Elite, e conquistou o 3º lugar. Convidada pela CBTri para correr o Campeonato Panamericano de Duathlon, na Colômbia, fez sua estreia em profissional provas internacionais em grande estilo, conquistando o título. Em, treinando com Marco La Porta, Nayara obteve suas melhores marcas, sendo campeã brasileira de longa distância. Infelizmente, em 2017, sua lesão voltou… Somando-se a isso um período conturbado emocionalmente, ela não conseguiu continuar com sua carreira profissional.

Em 2020, durante a pandemia, conseguiu retomar de maneira online o curso de Educação Física que havia iniciado e, ano passado, decidiu operar o calcanhar para tentar resolver de vez essa lesão crônica. “Foi um longo e duro período de recuperação, mas foi fichinha perto de tudo que passei nos anos anteriores. Ao menos desta vez, eu tinha convicção de que estava no caminho certo”, disse ela.

Atualmente, treinando com Alex Balman, Nayara está no processo de retomar sua carreira esportiva de forma consistente. “Este ano, 2022, o foco é voltar às competições, ganhar ritmo novamente e retornar às grandes provas do circuito. Aos poucos estou indo atrás de recursos para que seja possível, mas ainda faltam materiais adequados como: Bicicleta de Contra-relógio, potencímetro, capacete aero, uniforme de competição, tênis, condições de viajar e uma série de recursos mínimos que todo atleta profissional precisa ter. Atualmente, uma das lições que aprendi com tudo que vivi, é pensar no meu futuro como profissional de Educação Física, agora só ser atleta já não é mais o grande plano”, finaliza.

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