Brasileira Paula Miotto é 3ª colocada no Ultra520K Canadá

A capixaba Paula Miotto continua sua busca em completar todas as provas da distância Ultraman do mundo. Depois te ser finisher no UB515 em 2017, evento brasileiro que já vai para sua 7ª edição em 2020, Paula completou o Ultraman Austrália 2018, Ultraman Flórida no começo desse ano e agora, o Ultra 520K, no Canadá, realizado neste sábado, domingo e segunda-feira.

O Ultraman é realizado em três dias nas distâncias de 10km de natação/145km de ciclismo no primeiro dia, 276km de ciclismo no segundo dia, e 84,4km de corrida no terceiro dia. Essa é a forma padrão, que segue a mesma do Ultraman Havaí, “prova-mãe” da distância. Pequenas variações acontecem nas quilometragens, determinadas pela logística de cada evento. No Canadá, por exemplo, o ciclismo do primeiro dia é de 149,8km e o do segundo dia, 275km. Independente destas pequenas variações, sempre é dureza terminar um Ultraman!

Paula fez grande prova, sendo a 3ª colocada entre as mulheres e 12ª no geral. Entre os 24 atletas que largaram, 18 completaram o desafio (o tempo de corte diário para completar a “missão” é de 12 horas). A campeã foi a canadense Christine Suter, com o tempo acumulado de 29h46min23s; a vice-campeã foi a também canadense Nancy Fredeyko, em 31h15min42s; Paula Miotto foi a 3ª colocada com 31h16min34s… isso mesmo! Depois de três dias de disputa a diferença entre a vice-campeã e a brasileira foi de apenas 52 segundos! Ela fez a melhor dupla-maratona feminina, com o tempo de 9h41min59s, num percurso de corrida que é considerado um dos mais duros do mundo na distância Ultraman, devidos às subidas presentes.

“Eu sou muito raíz em tudo… Sou vegana e não utilizo suplementos. Era a única atleta que tinha apenas uma bike, sem roda de fibra de carbono ou roda reserva, inclusive. Nem trocar tênis eu troquei… Acredito muito no amor e conexão com a natureza, além de quem é sua equipe de staffs, que aqui foi formada por minha mãe, meu filho e uma amiga minha neozelandesa. Sobre a prova, meu momento mais difícil foi na natação, pois meu ombro direito deu muito problema e acabei fazendo metade da etapa de 10km praticamente com apenas um braço e chorando muito. Foi doido conseguir aquilo e até que não saí mal da água!”, revela Paula.

Paula Miotto ainda tem como meta completar todas as provas de Ultraman no mundo mas, no momento, está sem patrocínio. Por isso, vai dar um descanso no triathlon até o final do ano e depois decidir o que fazer. Fazer um Ultraman é um investimento alto, pois além da inscrição, viagem e hospedagem do atleta, esse custo aumenta pois é necessário fazer a equipe de staffs com pelo menos duas pessoas, aluguel de carro, alimentação durante o evento etc.

Entre os homens a vitória coube ao canadense Jon Bell, de 40 anos, com o tempo acumulado de 23h41min41s, apenas 3min02s à frente do também canadense Barry Berg, de 52 anos. Uma diferença mínima após três dias de disputa.

 

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