INTERVIEW: Com a palavra o campeão do IM 70.3 Maceió

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Como foi a sua preparação para Maceió e o que ela representa no seu ano competitivo?
Então, está prova era um dos focos que eu tinha para o ano pois além de ser só para amador é também no Nordeste e eu estava com muitos atletas inscritos na prova.

Minhas principais provas do ano eram o Challenge Brasília, o 70.3 Maceió e o 70.3 de Fortaleza, justamente pela presença dos meus alunos. Hoje em dia escolho as provas muito pensando neste ponto.

Minha preparação não muda muito de um evento para o outro porque hoje em dia já tenho tempo limitado para treinar e costumo usá-lo da mesma forma só tentando aumentar um pouco mais na proximidade da prova.

Costumo nadar 3x na semana entre 2-3 mil metros, pedalar 4x e correr 3x. Aí chegando mais perto tento aumentar com mais uma corrida na semana. Então, já treino bem menos do que queria e por isso não costumo mudar muito de uma prova alvo para qualquer outra, o que muda mais é o polimento.

Como foi o seu dia, sua prova? Você venceu na corrida?
Eu estava com uma sequência bem forte de treinos, principalmente de bike e corrida e tinha certeza que ia andar bem nestas duas modalidades.

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Entretanto, semana passada fiz uma corrida de montanha, acabei vencendo mas no dia seguinte, acho que por estar debilitado, peguei uma infecção intestinal onde fiquei dois dias de cama sem treinar e mais três dias só tentando colocar o corpo em atividades leves. Iniciei a semana sem saber como o corpo ia chegar em Maceió e a estratégia foi voltar a uma rotina normal de treinos esperando o melhor para o dia da competição.

Entrei na água me sentindo bem mas por não estar bem localizado na largada perdi o grupo da frente. Na bike desde o início senti que tinha perdido um pouco de potência pelo problema que tive na semana anterior, então achei mais prudente me manter focado em uma zona mais baixo e chegar mais inteiro para correr bem.

Aqui no Nordeste com a temperatura mais alta, chegar um pouco mais inteiro para correr sempre é a melhor opção e como eu senti que não tinha muito para dar na bike, foi o que eu fiz. Nas provas longas, seja de meio ou iron, hoje em dia, a quantidade de atletas pedalando muito aumentou tanto que tá difícil vir em um evento e conseguir pedalar sozinho ou escapar de um grupo.

O que eu acho ruim é a deslealdade entre atletas. Eu procuro andar na distância permitida mas quando você menos espera chega um grupo e entra neste intervalo. Aí o atleta tem que passar a prova toda dando sprint para tentar fugir desta situação. Nesta prova aconteceu isso e infelizmente não será a última vez.

Mas no final, os atletas que vão disputar as primeiras colocações são sempre os mesmos e estes eu respeito pois são atletas treinam duro quanto eu e merecem estar ali. Voltando a prova, eu entreguei a bike em uma posição abaixo do que eu esperava mas eu sabia também que se conseguisse encaixar minha corrida o resultado final seria bom.

Sai para correr muito bem e minha estratégia inicial era manter um ritmo estável nas duas primeiras voltas e acelerar mais um pouco na última. Quando abri a última volta eu, nos meus cálculos, já estava na liderança então só fiz manter no ritmo que estava pois não queria acelerar e correr o risco de acontecer algum imprevisto.

Quais são os seus objetivos na temporada?
Como falei antes, em Maceió eu estava com bastante aluno competindo e muitos também foram apenas assistir. Além deles, minha família estava toda lá e competir com esta energia tem um gosto ainda mais especial. Sentir a vibração deles e de toda a torcida da prova foi realmente fantástico.

Este ano ainda faço o GP em Natal e o Ironman 70.3 de Fortaleza.

Ano passado eu fiz mais provas, foram 3 Ironmans inclusive o mundial no Hawai. Este ano está difícil fazer tantas provas mas estou planejando para o ano voltar competir algum dos mundiais, seja o IM 70.3 ou Ironman e tentar um resultado expressivo.

Se quiser fazer algum comentário o espaço é seu.
Vejo algumas pessoas comentando de forma negativa os meus resultados como amador no Brasil. Já fui profissional e hoje treino muito menos, pois meu foco principal é minha assessoria e outra empresa de treinamento (Concept) que tenho e sou realizado com a vida que levo. Precisamos elevar o nível e parar de criticar.

Quanto ao assunto do vácuo, com certeza a organização do evento tem que estudar a melhor forma para cada lugar, até analisando algumas opções usadas nas provas fora do Brasil e ser mais rígido na hora da punição. Mas como falei antes, o próprio atleta tem que ter uma postura mais correta, já será um bom começo

Redação

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