Evento-teste masculino pra cardíaco em Copacabana!

Dia de grandes emoções no Rio de Janeiro transformaram o “Aquece Rio” muito mais do que um “aquecimento” para os Jogos Olímpicos do ano que vem, fizeram com que o público apaixonado pelo triathlon vivesse um dia único no Brasil, com os principais nomes do triathlon mundial presentes para o desafio na distância standard, com 1.5km de natação, 40km de ciclismo e 10km de corrida.

Para a prova, dois nomes se destacavam, o medalha de ouro dos Jogos Londres 2012, Alistair Brownlee, e o medalha de prata dos mesmos Jogos, Javier Gomez. A prova masculina teve mais ataques que a feminina, mas, mesmo assim, ainda não foi o que veremos ano que vem. Isso dito pelos próprios atletas após a prova.

Dois grupos distintos foram formados ao final da etapa de natação – onde os wetsuits não foram liberados – na Praia de Copacabana, com Richard Varga (sempre ele), Henri Schoeman, e uma série de franceses, incluindo Vincent Luis, Dorian Coninx, e Pierre Le Corre (que foi campeão dos Jogos Mundiais Militares ali mesmo em Copacabana) saindo da água à frente. Mas juntos deles vieram os grandes nomes como Gomez e A. Brownlee (Jonathan Brownlee, seu irmão, não veio por que está lesionado), entre outros.

O técnico percurso de ciclismo já havia feito sua primeira vítima antes mesmo da largada ser dada, com o experiente americano Jarrod Shoemaker sofrendo uma queda na véspera do evento, durante um treinamento, e quebrando a clavícula. Durante a prova, mais atletas sofreram com as quedas. Richard Varga teve até que abandonar, Le Corre caiu e perdeu seu grupo líder, assim como o brasileiro Diogo Sclebin, que também caiu e ficou muito para trás, vindo a tomar uma volta do pelotão que liderava e sendo obrigado a abandonar a disputa. “Foi uma pena. A culpa não foi de ninguém, pois o erro foi meu mesmo. Perdi a curva após a descida e caí. Agora é ver se não machuquei nada para tentar treinar amanhã!”, lamentou Diogo após o final.

O segundo grupo se juntou com o terceiro, formando um grande pelotão uniforme, onde os brasileiros Reinaldo Colucci, Bruno Matheus e Danilo Pimentel se encontravam. Wesley Matos estava mais para trás e Manoel Messias e Paulo Maciel abandonaram. Mauro Cavanha (assim como Sclebin, que havia caído) foi eliminado por tomar volta dos  líderes. O público – que se aglomerou na subida, gritando e incentivando os “escaladores” – além  dos próprios atletas, esperavam que vários ataques seriam feitos no trecho de elevação, mas, assim como entre as mulheres, os homens pedalaram forte – abrindo do pelotão de trás, onde vinham Mario Mola e Richard Murray, grandes corredores – mas sem ataques individuais significativos.

Ao saírem para correr, os atletas do primeiro pelotão tinham um minuto de vantagem para o perseguidor e todos os olhos se voltavam para o óbvio: Brownlee x Gomez. Logo que saíram da T2, Alistair deu sinais que não estava num grande dia e já ficou para trás, ao contrário de Gomez e Vincent Luis que atacaram e já passaram a primeira volta na liderança. Gomez revelou que controlou mais uma volta e depois forçou mais o ritmo para vencer. “É ótimo ter conquistado a minha vaga para o Rio. Eu gostei de correr o percurso, foi uma prova difícil, mas eu me senti bem. Eu estava guardando um pouco de energia para as duas últimas voltas da corrida, já que estou treinando para o Mundial, por isso foi bom eu vencer. Eu não diria que foi fácil, mas foi controlado, por isso estou muito feliz “, revelou ele após a conquista (confira a entrevista completa com ele, em vídeo, no nosso site).

Luis cruzou em segundo lugar e Richard Murray (AFS), vindo do pelotão perseguidor, fez o melhor split do dia, em 30:30, para conquistar um belo 3º lugar, empolgando todos que acompanhavam a prova na areia. O melhor brasileiro foi Danilo Pimentel, em 32º lugar. Bruno Matheus foi o 40º, Reinaldo Colucci o 46º e Wesley Matos o 57º colocado.

Ao final, o evento-teste foi amplamente aprovado pelos atletas, sem reclamações quanto à água de Copacabana, mas com ressalvas quanto a pequenas ondulações no asfalto, que podem ser consertadas para não atrapalhar o ciclismo.

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