Colucci conta os detalhes direto do camp em St. Moritz

O paulista Reinaldo Colucci, 32 anos, está na suíca sob a tutela do lendário técnico australiano Brett Sutton, em um camp na altitude, na bela cidade de St. Moritz. Em um período total de 6 semanas de treinos e provas, ele tem amanhã, as 11h no horário de Brasília, o seu primeiro desafio – a World Cup de Lausanne. Confira a entrevista com esse grande atleta, onde ele conta os detalhes do seu treinamento e seu novos objetivos

Equipe: SESI-SP
Patrocinio: Woom, Ohata Sports Training, Specialized
Apoio: Shimano, Oakley, Aquasphere

Como está o seu treinamento em St. Moritz e como é a sua rotina? Quais são as facilidades aí?
St. Moritz, na Suiça primeiramente é uma cidade com altitude de 1800m o que considero ideal para ter ganhos fisiológicos no treinamento mas também conseguir ter uma boa recuperação.

A cidade conta com uma piscina de 25m indoor, uma pista de atletismo de tartan e intermináveis trilhas para correr e estradas para pedalar. Como em todo lugar próximo a montanhas a maior dificuldade acaba sendo o clima pois não conseguimos controlar, mas nesse ano fui bastante feliz com muitos dias de sol e até um certo calor.

Por que decidiu voltar as provas olímpicas? Quais os seus objetivos, desistiu das provas longas ou isso foi só adiado?
Com certeza meus objetivos para provas de longas distância foram apenas adiados e voltarei a competir provas importantes desse perfil no futuro, mas nesse momento estou confiante que posso iniciar bem o ciclo de classificação olímpica e dessa forma ter grandes chances de estar presente em Tóquio 2020. Não ter participado dos jogos do Rio foi algo muito frustrante para mim, e não quero “encerrar” minha carreira olímpica dessa forma, agora 100% recuperado da minha lesão vejo que tenho uma nova oportunidade de escrever mais um capitulo nessa historia e vou me dedicar ao máximo para isso.

Como é a sua relação com o Brett e qual a diferença tê-lo ai ao seu lado?
O Brett me conhece desde quando eu era muito jovem, com os seus treinos e forma de trabalhar – ele praticamente moldou o atleta que eu me tornei e isso é uma grande vantagem para mim quando consigo encaixar algum “ Camp “ com ele, pois ele sabe muito bem quais as necessidades que meu corpo exige e consegue seguir uma sequência de treinos que sempre me trás ótimos resultados.
Quando estou no Brasil o Eduardo Braz também desenvolve um trabalho muito importante e me ajuda a continuar evoluindo juntamente com os treinos da equipe do Sesi. Acredito que temos achado uma forma equilibrada e isso me colocou de volta no caminho certo para a evolução.

Essa prova de Lausanne te favorece por causa das subidas? O que você precisa evoluir para brigar por top 10 em WTS?
Tanto Lausanne quanto minha próxima prova em Karlovy Vary, na Republica Theca, são provas na distância Standard e com bastante subidas. Tenho confiança que vou conseguir usar essas características a meu favor.

Meu objetivo hoje é voltar a correr da forma que estava em 2013, antes da minha lesão no tendão de Aquiles, sei que a partir dai terei condições de estar brigando sempre pelas primeiras colocações em qualquer nível de prova, não sinto absolutamente mais nenhum incomodo então é uma questão de dar sequência ao trabalho que as coisas acontecerão naturalmente com o passar dos meses.

Como está a sua temporada de treinos e provas para este ano?
Após essas provas na europa, volto ao Brasil e irei correr o Ironman 70.3 do Rio de Janeiro no final de Setembro, para os meses seguintes irei fazer mais algumas World Cups da ITU, porem irei primeiro avaliar como serão os meus resultados nessas próximas duas provas para decidir onde irei competir.

Redação

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