Blog: 72hs com Ariane Monticeli!

Triatleta é campeã brasileira de duathlon, no sábado em Manaus, e no domingo, terceira colocada na 2ª etapa do circuito Troféu Brasil de triathlon, em São Paulo. Acompanhe os detalhes dessa “aventura” bem sucedida da triatleta paulista, nossa grande força feminina na distância Ironman.

Por Ariane Monticeli

Final de semana com duas competições.
Sábado Campeonato Brasileiro de Duathlon, em Manaus; domingo, Troféu Brasil de Triathlon na USP, em São Paulo.

Fui convidada para participar do Brasileiro de Duathlon, e como não era uma prova que fazia parte do meu calendário, conversei com meus técnicos e com o Clube Pinheiros, afinal são eles quem organizam minhas competições e treinos.

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Ariane Monticeli estará no Ironman Florianópolis em 5 semanas. Foto: Fernanda Paradizo / Tri Sport Magazine

Dado o ok, confirmei presença, mas havia esquecido o Troféu Brasil na USP, como essa prova é em casa, gosto de fazer, faz parte dos meus treinos para o Ironman, mas mesmo com essas duas competições, não há descanso ou mudança no meu ritmo de treinamento.

Quinta-feira realizei quatro treinos, fora a correria para arrumar minha Bike road, recém-chegada, e deixar minha Bike TT pronta para o Troféu; fui dormir tarde na quinta, para embarcar cedo para Manaus.

Cheguei em Manaus por volta de 14:00. Tinha que cair na água e nadar um pouco, mas não senti a menor vontade e respeitei meu corpo.

Fui super bem recebida em Manaus, me buscaram no aeroporto, me colocaram no hotel da prova, só precisei pegar meu kit e acordar para largar.

Fiz uma prova tranquila, em momento algum dei meu 100%, estou com um volume muito grande de treinos e fazendo dois treinos cabulosos de pista por semana, mesmo com o volume, tem muita velocidade. O pace do Duathlon: pra mim foi meu 70%, pedalei em um grande pelotão, vácuo liberado entre homens e mulheres, onde também puxei algumas vezes, mas no geral o ritmo era tranquilo, com isso chegaram outros pelotões e trouxeram outras meninas junto. Então, na transição saí pra correr com duas outras meninas perto. Fiz força no primeiro km para abrir, depois só administrei.

Não terminei a prova destruída e cheia de dores musculares, mas foi uma correria, terminei e já fui para o hotel, colocar minha Bike no case e voltar para a premiação, depois sair correndo para o aeroporto.

Não me alimentei bem, mas dei sorte de pegar três poltronas livres até Brasilia (minha conexão) e voltei deitada.
Cheguei em São Paulo, 21hrs na minha casa e ainda tinha que arrumar algumas coisas para a prova do próximo dia. Fui dormir por volta de 23hrs.
Acordei super animada para fazer o Troféu; friozinho em São Paulo, bem diferente de Manaus!

Me senti bem na natação, não saí muito atrás das líderes e com a certeza de que poderia buscar, mas meu clipe caiu – eu quase caí –, ele bateu na minha roda e quase entrou… Eram quatro voltas no ciclismo, tive de diminuir pra não cair e fiz a prova toda segurando o clipe, ainda assim fiz uma média de potência muito boa e fiquei contente, sei que poderia ter caído, mas não sou de desistir.

Saí pra correr em quinto lugar, aí essa corrida foi sofrida, fiz força de verdade, sabia que não era possível ganhar da Bia Neres, mas queria buscar o segundo, então acreditei e fui na raça, senti o cansaço de tantos treinos, viagem, alimentação inadequada. Meu último km saiu para 3’22”, fazendo-me chegar completamente exausta na linha final; fiz terceiro lugar, menos de 1 minuto da segunda colocada.

Agora faltam 5 semanas para o Ironman Florianópolis, ainda tenho treinos muito importantes, mas me sinto muito melhor preparada nesta fase do ano do que nesta mesma fase do ano passado. Estou em evolução constante, graças a minha equipe.

Redação

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